Chamada para envio de resumos para o V Sigesex

CHAMADA PARA ENVIOS DE RESUMOS PARA OS GTs – SESSÃO DE COMUNICAÇÃO DE PESQUISAS. (inscrições gratuitas)

Período de Inscrições e envio dos resumos: 18/07 a 20/08/2023 

Regras para o envio:

CHAMADA PARA ENVIOS DE RESUMOS PARA OS GTs – SESSÃO DE COMUNICAÇÃO DE PESQUISAS. (inscrições gratuitas)

Período de Inscrições e envio dos resumos: 18/07 a 20/08/2023 

Regras para o envio:

Podem se inscrever trabalhos de pesquisas que estejam em andamentos ou já concluídos.

O resumo do trabalho deve constar: Título, autoras/es/xs (máximo 4), filiação institucional de todes; identificação do GT em que pretende apresentar o trabalho. Descrição dos objetivos da pesquisa, metodologia e principais resultados  (se houver) ou estado atual da pesquisa, ter no máximo 800 caracteres, 3 palavras-chave; ser escrito em fonte Times new roman, tamanho 12, espaçamento simples, em formato word. Todos os resumos serão avaliados pela Comissão Científica do V Sigesex.

A comissão organizadora, reserva-se o direito de realocar o trabalho em outro GT, caso considere necessário,  informando devidamente às autoras/es/xs sobre as razões da alteração. Cada GT pode ter no máximo 15 apresentações de trabalhos. O tempo de apresentação será de 15 minutos para cada trabalho. O GT poderá ter 1 ou 2 sessões (dependendo do números de trabalhos)  e para que ele aconteça é necessário receber ao menos 5 inscrições de trabalhos de pesquisa.

Os GTs ocorrerão nas dependências da UFMS nos dias 28 e 29/09/2023, das 13:15 às 15:30. 

A publicação dos resumos aceitos será somente no site do Sigesex https://sigesex.wordpress.com/, informando ainda a sala na qual será apresentado.  Todas as salas são  equipadas com data show.

Não haverá publicação de anais de resumos, sendo feita apenas a publicação de e-book com os trabalhos completos (formato e-book, com issn, conselho editorial, doi). Veja as regras de envio dos trabalhos completos abaixo da lista dos GTs.

Veja a lista dos GTs, para enviar seu resumo acesse: https://forms.gle/WKde6hTFwP2r3Vu76

Grupos de Trabalhos (GT) aprovados

GT 1: HOMENS E MASCULINIDADES NAS RELAÇÕES DE GÊNERO 

Coordenação: Prof. Dr. Douglas Josiel Voks – SED/MS

Resumo da proposta do GT: O presente simpósio temático busca agregar estudos relacionados com o campo dos estudos de gênero e da história cultural, utilizando o gênero como categoria central para pensar as definições de masculinidades divulgadas em diferentes contextos históricos, espaços e instituições sociais. Sendo assim, busca-se dar visibilidade à diversidade de produções sobre homens e masculinidades na América Latina, compreendendo a pluralidade da temática ao pensar nas várias masculinidades e nas diversas subjetividades e especificidades envolvidas nesse campo. Esta proposta tem por base o reconhecimento de que este campo particular de estudo e intervenção tem início especialmente na segunda metade da década de 1980, no marco das conquistas históricas dos movimentos feministas e LGBTQIA+. Esses movimentos exigiram leituras para além da dicotomia sexo-gênero e de uma perspectiva heteronormativa, trazendo diversos temas que se relacionam com as masculinidades, como por exemplo a organização social das masculinidades e a compreensão do modo como os sujeitos, identificados ao nascer como homens, entendem e expressam identidades. Compreendendo o cenário político nacional e internacional que explicita retrocessos no campo simbólico e institucional, marcados por conservadorismos e expressões machistas, pretende-se gerar discussões teóricas, políticas, éticas e metodológicas, a partir de trabalhos que buscam aliar debates sobre as masculinidades com campos de saberes diversos e interdisciplinares. 

GT 2- O QUE OS(AS) JOVENS PESQUISADORES(AS) ESTÃO PENSANDO SOBRE GÊNERO E DESIGUALDADES?

Coordenação: Prof. Dra. Vivian da Veiga Silva -UFMS

Resumo da proposta do GT: A presente proposta tem como objetivo reunir pesquisas, relatos e reflexões sobre gênero e desigualdades produzidos por pesquisadores(as) graduandos(as), recém-graduados(as) e mestrandos(as). Os campos científicos são perpetuamente reformulados a partir de novas indagações que emergem da realidade social e dos esforços teóricos das novas gerações de pesquisadores e pesquisadoras. Nesse sentido, convidamos esse público a apresentarem pesquisas concluídas e em andamento, projetos de pesquisa e reflexões teóricas nas seguintes temáticas: gênero e suas diversas abordagens; estudos feministas; intersecções entre gênero, raça/etnia, sexualidade e desigualdades; desigualdades sociais e econômicas; articulações e iniciativas coletivas frente às desigualdades sociais. 

GT 3: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E AGRAVAMENTOS PÓS PANDÊMICOS: PARA ONDE PODEMOS CAMINHAR? 

Coordenação: Prof. Ms.  Bruna Aparecida Azevedo Gayoso – UFGD.

Resumo da proposta do GT: Este Grupo temático visa reunir trabalhos que discutam os cenários da violência doméstica pós pandemia, em esferas municipais, estaduais e nacional. Promovendo uma discussão pertinente que considerando o aumento da violência após a pandemia e a acentuação das desigualdades sociais, possa traçar e discutir novos caminhos, tanto de políticas públicas, quanto de ações e movimentações da sociedade civil.

GT 4: HISTÓRIAS MARGINAIS, ALTERIDADES E CRÍTICAS EPISTÊMICA

Coordenação: Prof. Dr. Losandro Antonio Tedeschi – UFGD; Profa. Dra. Sirley Lizott Tedeschi – UEMS

Resumo da proposta do GT: O olhar interdisciplinar e interseccional presente nesse GT é fundamental para refletir como a necropolítica e o neoliberalismo atuam sobre as “minorias”. Estas seguem tendo sua vida violentada simbólica e concretamente por regimes de dizibilidade – por um “tanatospolítico”, ou seja, a produção da morte legitimada pela negligência do estado. Vivemos a perversidade da imbricação entre neoliberalismo, racismo e desigualdade operando sob nossas vidas. Pensar e visibilizar historias marginalizadas pela epistême colonial é tornar visíveis as injustiças históricas que já vinham sendo vivenciadas nos corpos de mulheres e homens negros e indígenas – corpos racializados. O racismo foi e continua sendo o eixo principal do sistema patriarcal e dominante que administra o poder e mantém povos historicamente oprimidos em situações injustas. Os efeitos do racismo e do sexismo na atualidade são tão brutais que acabam por impulsionar reações capazes de recobrir todas as perdas já postas na relação de dominação. Pensar a partir de categorias como classe, gênero, sexualidades, cor, raça e etnia, produzidas e interpretadas por uma rede de significados que cada sociedade e cultura constrói, é fundamental na definição dos corpos que serão úteis, inúteis, acolhidos, repelidos, tratados, maltratados, abandonados ou protegidos, curados ou que perecerão. É preciso compreender que a depreciação da vida, do outro, é dada por dispositivos da “bio necropolítica”, que não é algum tipo de distopia, mas é a produção racional de um sujeito neoliberal que não vê o outro, não sente o outro; é a produção de um indivíduo inerte ao mundo, à vida e ao real. Refletir sobre histórias marginalizadas, sobre a alteridade, é olhar para existências sem rastro, que não são vidas supérfluas, mas cujas existências invisíveis e desventuradas são destinadas a passar sem deixar vestígio. 

Serão bem vindos pesquisas e experiências que dialoguem com essa temática. 

GT 5: MULHERES, NARRATIVAS E ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO FORMAL E INFORMAL: DAS MEMÓRIAS AOS DISCURSOS SOBRE/DAS/PARA AS MULHERES NO BRASIL.

Coordenação: Profa. Dra. Jaqueline Ap. M. Zarbato – UFMS; Profa. Dra.Adriana Pinto – UFGD; Profa. Dra. Natalia de Oliveira – UFMS

Resumo da proposta do GT: Este simpósio temático congrega diferentes perspectivas de pesquisa, ensino, extensão, experiências educativas e históricas que versam sobre as trajetórias das mulheres e as relações de gênero. A proposição se justifica pela crescente demanda de estudos de gênero e história das mulheres em espaços-tempo diversos, que rompem com estigmas, rótulos, definições estáticas. De tal forma, que nesse simpósio fundamentamos as análises em torno das produções culturais, do vislumbre que perpassa os sentidos, os corpos, as lápides, os museus, as escolas, as lideranças que não se enquadram num modelo patriarcal de ‘ser mulher’. São mulheres que se embrenham no mundo dos saberes, dos fazeres e das ações cotidianas que nos interessam descortinar em nossos diálogos. Nesse sentido, o Simpósio temático convida as pessoas a expor seus amores, agruras, dissabores, narrativas, rupturas e continuidades num universo não limitante ao feminino, concebendo-o em toda a sua complexidade, valorização, igualdade, visibilidade, empoderamento e potencialidade. Principalmente no campo da educação, seja educação em sala de aula: fontes, saberes, formação de professores/as ou em espaço não formal: educação patrimonial, museus, patrimônios, narrativas.

GT 6: MULHERES EM MOVIMENTO: MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS NAS RELAÇÕES SOCIAIS E DE GÊNERO EM ÁREAS RURAIS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

Coordenação: Profa. Claudia Deboni-UFGD; MS. MARINA SANTOS PEREIRA- SED/MS

Resumo da proposta do GT: Ao longo dos últimos anos, as mulheres de contextos rurais e/ou comunidades tradicionais, conquistaram melhores condições de acesso à educação, políticas públicas, titularidade do lote (terra), financiamentos para produção agrária, Todavia, a luta por visibilidade e garantia dos direitos conquistados é cotidiana. À vista disso, para além dos espaços urbanos de conquistas históricas, temos ainda um mundo em que essas mulheres lutam para serem reconhecidas em suas identidades e particularidades tendo dificuldades de comprovar suas atividades laborais e garantir seu futuro. Às quais sabemos que estão submetidas a abusos de toda a natureza, desde as relações de trabalho precarizadas, à violência psíquica, sexual e a negação de direitos sociais. A proposta do GT atende a necessidade de estabelecer um espaço de conhecimento, reflexão e troca de experiências relacionadas à temática- mulheres rurais, mulheres quilombolas, mulheres indígenas, políticas públicas e vulnerabilidade social. Analisando suas ações e reações diante dos conflitos nas relações sociais e de gênero nesses espaços.

GT 7: CICLO DE VIDA DAS MULHERES EM UMA PERSPECTIVA PSICOSSOCIAL E INTERSECCIONAL 

Coordenação: Profa. Dra. Jacy Curado – UFMS; MS. Sandra Maria Francisco Amorim-UFMS

Resumo da proposta do GT: Nosso GT “Ciclo de vida das mulheres em uma perspectiva psicossocial e interseccional” será um espaço de diálogo entre todes que estudam, pesquisam e trabalham com/para mulheres nas suas distintas fases da vida, desde a infância, adolescência, vida adulta e velhice. A categoria “mulheres” aqui será entendida em uma perspectiva psicossocial, ou seja, seu uso não será de forma indiscriminada e acrítica, mas sim para reafirmar o nosso compromisso histórico com a transformação das desigualdades de gênero e a garantia dos direitos sociais. Iremos problematizar as maneiras como entendemos os fatos e as suas variações conforme diferentes lugares, culturas e tempos históricos, ampliando a crítica à “naturalização” e “essencialização” de nossas vidas. O uso da ferramenta analítica da interseccionalidade permitirá aceder às complexidades das experiências múltiplas das fases do Ciclo de Vida das Mulheres, articulando as diferenças intra-gêneros, de classe, raça, etnia, idade entre outras. Acreditamos que as contribuições irão trazer novos olhares às fases do Ciclo de Vida das Mulheres, para que seja mais próximo às realidades socioculturais localizadas e particulares da vida das mulheres negras, indígenas, idosas, encarceradas, ribeirinhas, quilombolas, as que sofrem violência, as que vivem em situação de vulnerabilidade e desigualdades sociais que ainda estão invisibilizadas. 

GT 8:  “EU QUERO FALAR, EU QUERO SER LIDA/E/O, EU QUERO SER ESCUTADA/E/O”: ESPAÇOS DE LUTA, TENSÕES E CONQUISTAS DO GÊNERO COM OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO.

Coordenação: Prof. Dr. Danilo Leite Moreira (UFMS/CPNA); Prof. Dr. Fábio da Silva Sousa (UFMS/CPNA/PPGCult/CPAq)

Resumo da proposta do GT: Desde o seu surgimento, em meados do Século XV a imprensa tem sido, até o contemporâneo e em diversas configurações, um espaço comunicacional que proporciona o debate, a reflexão, espaços de lutas e tensões de grupos sociais, políticos e de diversas manifestações culturais. Quando se trata das questões de gênero, essa dinâmica não é diferente. Com base nisso, o presente GT tem como objetivo estabelecer um espaço de reflexão sobre as pesquisas, estudos e provocações, em estágios avançados ou iniciais, relacionadas como à imprensa, seja ela impressa, audiovisual, virtual, entre outras, se relaciona com os gêneros, em sua pluralidade e como categoria de análise, no qual teremos como objetivo explorar conceitos de sexualidade, representações, linguagens políticas, violências, raça/etnia, identidades, poder, imaginários, memórias, interseccionalidades e saúde de combate ao COVID 19, de corpos que subvertem as normas conservadoras . O GT visa promover um diálogo entre pesquisadoras, pesquisadores e estudantes que desejam compartilhar suas pesquisas, experiências e reflexões que relacionam gênero com a imprensa e os meios de comunicação em suas múltiplas linguagens, em uma perspectiva interdisciplinar, sempre em diálogo com outros campos do conhecimento. Ao abordar o tema central do evento, a perspectiva de diálogo que o GT pretende construir incorporar e enfatizar as possíveis (re)configurações da relação entre os Estudos de Gêneros, saúde e enfrentamento do COVI 19 com os meios de Comunicação em sua pluralidade, no qual é pautada a luta dos corpos e dos desejos, em tempos pandêmicos e outros, em diálogo com os seus territórios constitutivos, pontos atuais de levantes, que configurarão expectativas futuras de mudanças.

GT 9: AS IMPLICAÇÕES NOCIVAS NA SAÚDE DAS PESSOAS LGBT+ COMO EFEITO DAS IMPOSIÇÕES HETERONORMATIVAS DE NOSSA SOCIEDADE.

Coordenação: Prof. Ms Angelo Luiz Ferro – Faculdade de Presidente Prudente/ Universidade de São Paulo (USP)/ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) ; Prof. Ms. João Renato Ciabattari Pagnano -Faculdade de Presidente Prudente / UNESP de Assis.

Resumo da proposta do GT: Partindo da própria escolha do nome que iremos utilizar no presente GT, início a reflexão proposta no título, frente às problemáticas da escolha das intersecções possíveis para este trabalho. Ao escolher saúde como atravessamento junto a temática LGBT+, a necessidade de articular com esse significante saúde nos remeteu inicialmente a pensar questões que envolvem ISTs ou questões de saúde mental, e, por que não apenas o termo saúde em sua direta significação? Não por acaso, tanto uma (doenças sexualmente transmissíveis), como a outra (patologias psicológicas) são estigmas carregados há décadas pela comunidade LGBT+, como forma de segregação, imposta para a realização da manutenção de nossa sociedade heteronormativa, que não se cansa de associar a diversidade sexual às doenças sexualmente transmissíveis ou às patologizações no campo da saúde mental, nomeando como “transtornos” os comportamentos homoafetivos ou atribuindo promiscuidade à pessoas LGBT+, e, decorrente da promiscuidade a consequência de maior probabilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Essas duas imbricações de ISTs e patologias da saúde mental não ocorrem por fatos reais, estatísticos ou qualquer outra forma honesta de validar dados sobre o comportamento humano, se trata de uma estratégia em que as doenças, sexuais e mentais, muito evitadas por todes, são diretamentes associadas à diversidade sexual e assim, como temidas por todas pessoas, são evitadas. Consequentemente associamos e evitamos também as experiências de vida LGBT+, tão misturadas no discurso manifesto de nossa sociedade com essas doenças, para que assim seja colocada à margem e estigmatizando a diversidade sexual, fazendo prevalecer o comportamento heteronormativo como padrão e ideal de saúde na vida humana. As consequências dessa marginalização e estigmatização produzem efeitos nocivos no ser humano, não só de ordem emocional, como de modo geral na saúde das pessoas. Trazer à luz os efeitos prejudiciais da estigmatização e as consequências das imposições heteronormativas do imaginário social diante da vida humana. Vida essa que se faz pela diversidade em diversos fatores de nossa existência, é nosso objetivo de trabalho no presente GT receber pesquisas que possam gerar debates para encontrar caminhos de tratamentos psicológicos e de produção de conteúdo para a transformação de nossa sociedade em um território de inclusão e acesso à saúde, que já é um direito, mas que  nunca foi para todes. 

GT 10: DIVERSIDADES PERIFÉRICAS EXCLUÍDAS: PANDEMIA E OUTRAS MAZELAS SOCIAIS 

Coordenação: Profa. Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias – UFGD; Ms. João Victor Rossi – UFGD; Ms. Marise Frainer – UFGD.

Resumo da proposta do GT: Este grupo se propõe a acolher reflexões, concluídas ou em desenvolvimento, efetivadas em grupos de pesquisa, em cursos de graduação e de pós-graduação que discutam temas como vulnerabilidade social, vida de mulheres, diversidade sexual e de gênero e as diversas faces da pobreza também vinculadas à classe, raça e etnia. Entendemos o advento pandêmico como intensificador das mazelas sociais que afetaram, majoritariamente, grupos atravessados por marcadores que definem a importância dos corpos. A pandemia de covid-19 combinada ao cenário político brasileiro, reconfigurado desde 2016, se constitui como um novo marcador que contribuiu para a produção já existente de vida ou de morte. O cenário que se segue se mistura com um passado e um presente estruturalmente violentos, atualizando discriminações e manifestações de ódio. Nesse sentido, decolonizar é o primeiro passo para entender o que querem e precisam os corpos historicamente periféricos e abjetos que foram impedidas/os de falar. Constantes alvos da cooptação, da manipulação e da individualização – estratégias do capitalismo colonizador. Temos a compreensão de um futuro que necessita da atenção de diferentes campos teóricos por nos encontrarmos em debates abertos e inconclusos. Esta atenção motiva este GT com a expectativa de um encontro entre saberes, dizeres e experiências. 

GT 11: COMO A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR VOLTADA PARA O VIÉS INTERSECCIONAL CONTRIBUI PARA UMA EDUCAÇÃO EM PROL DA IGUALDADE DE GÊNERO? 

Coordenação: Ms. Camila Moraes de Oliveira (PUC -Rio de Janeiro); Ms. Natália Melo Oliveira (PUC Rio de Janeiro); Ms. Liliane de Fátima Dias Macedo(PUC Rio de Janeiro)

Resumo da proposta do GT: Respaldados pelo PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2021, que diz que a população brasileira é composta por 48,9% de homens e 51,1% de mulheres. Porém, essa maioria não tem todos os seus direitos por lei garantidos e sofrem em seus corpos, dia-a-dia o peso de ser mulher em uma sociedade construída no racismo e machismo. O que nos leva a enfatizar a vivência das mulheres negras que são perpassadas por esses dois eixos. Com isso, consideramos ressaltar as considerações advindas da intelectual negra bell hooks que demarca a importância de termos um feminismo negro. Com isso, consideramos que o presente GT tem interesse em pesquisas teóricas e práticas que investiguem sobre a igualdade de gênero pelo viés interseccional e interdisciplinar. As investigações que se dediquem na esfera educativa também são foco de interesse, pois acreditamos que os processos educativos são potentes para a promoção da igualdade em relação ao gênero no viés interseccional de raça e classe. Serão aceitas pesquisas nas áreas da Ciências Sociais e Humanidade que se propõem interdisciplinares, conversando sobretudo com mais de uma área temática. 

GT 12: DESAFIOS NO CUIDADO DA SAÚDE MENTAL EM CONTEXTO DE USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS ASSOCIADO ÀS VULNERABILIDADES DE GRUPOS SOCIAIS MARGINALIZADOS, APÓS O PERÍODO DE PANDEMIA DE COVID-19 

Coordenação: Profa. Dra. Luciane Régio – USP; Ms. Jessica Rocha – Ms. EACH/USP; Bruna de Paula Cândido- EE/USP. 

Resumo da proposta do GT: Durante a pandemia de COVID-19, estudos apontam dados alarmantes sobre a busca por cuidados relativos à Saúde Mental, principalmente devido ao aumento também do consumo de álcool e outras drogas, nas diferentes populações ao redor do mundo. No entanto, nota-se uma discrepância sobre o acesso a estes cuidados, entre as diversas nações, comunidades e sujeitos, demonstrando piores indicadores nos locais geopolíticos considerados mais pobres, e entre as populações pertencentes a grupos que enfrentam severas desigualdades sociais, e que, consequentemente, foram afetados bruscamente pelo contexto pandêmico. No cenário brasileiro, as violações de direitos e as violências estruturais tendem a evidenciar quais corpos são vulnerabilizados sob o jugo de estigmas e estereótipos que são oriundos do histórico colonial do país, e que foram reforçados pelo governo vigente durante esta pandemia. As políticas de retrocessos e endurecimento do SUS e do SUAS, exponenciadas nesse período, favoreceram que inúmeras comunidades marginalizadas obtivessem um declínio no acesso aos serviços e cuidados em Saúde Mental, sendo relegadas à manicomialização através do aumento das comunidades terapêuticas e da tática de internação compulsória enquanto prática sobreposta às políticas de Redução de Danos. Deste modo, a interseccionalidade dos marcadores sociais como etnia/raça/cor, gênero, sexualidade, classe social, faixa etária e a identificação de corpos diverso-funcionais se apresenta como uma importante ferramenta para que levantamentos acerca das condições de acesso ao cuidado em Saúde Mental possam ser realizados e, consequentemente, estratégias e ações afirmativas possam ser traçadas e construídas nos territórios, promovendo o cuidado em liberdade e autonomia das pessoas. Este grupo de trabalho propõe a exposição de dados coletados entre pesquisadores/as e trabalhadores/as desses serviços, a sensibilização acerca da importância da intersecção dos marcadores sociais para o tratamento desses dados, e as estratégias encontradas e desenvolvidas nos territórios para dar conta das problemáticas emergentes no que tange a Saúde Mental e a Redução de Danos no uso de álcool e outras drogas. 

GT 13: INFÂNCIAS, SAÚDE, GÊNERO E SEXUALIDADE: olhares e resistência para abordagens e contextos em desigualdade social.

Coordenação: Profa. Dra. Estela Márcia Rondina Scandola-ESPMS; Ms. Rodrigo da Silva Bezerra Pinheiro de Almeida Reis 

Resumo da proposta do GT: Este GT pretende reunir pesquisas e projetos que oportunizem de algum modo reflexões teóricas práticas por meio das diversas discussões em torno de questões como: 

1. Crianças e Adolescentes: Instiga-se a pensar a infância no conjunto dos direitos humanos indivisíveis, universais e interdependentes. 

2. Feminismo interseccional e Infância: discussão sobre como as questões de gênero se interconectam com outras formas de opressão, como raça, classe social, orientação sexual, entre outros. 

3. Gênero, saúde e infância: análise dos impactos de gênero na saúde física e mental das pessoas, em especial crianças e adolescentes, incluindo questões como saúde reprodutiva, violência de gênero, saúde sexual, entre outros. 

4. Políticas públicas de gênero e infância: análise das políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade de gênero e a defesa dos direitos das mulheres, das crianças e adolescentes, pessoas trans, não-binárias, entre outros. 

5. Políticas Públicas para Infância: análise das políticas públicas voltadas para a infância e adolescência, sistema de garantia dos direitos de crianças e adolescentes, rede de atendimento DCA, entre outros. 

6. Representação de gênero nos meios de comunicação e infância: análise dos estereótipos de gênero presentes nos meios de comunicação bem como a representação de mulheres, homens, crianças e adolescentes, pessoas trans e não-binárias na mídia. 

7. Violência sexual no contexto da pandemia por COVID-19 contra a infância: analise dos índices e subnotificações de violência sexual cometida às crianças e adolescentes no período pandêmico. 

GT 14: GÊNERO, SEXUALIDADES E POLÍTICAS PÚBLICAS:    CORPOS EM MOVIMENTOS DE CUIDADOS E RESISTÊNCIAS 

Coordenação: Profa. Dra. Zaira de Andrade Lopes – UFMS; Cleberson da Silva Alves- SAS/CG – UFMS, Vanessa Duarte – SAS/CG 

Resumo da proposta do GT: Este GT propõe reunir estudos e práticas que dialoguem com as políticas sociais no enfrentamento das desigualdades econômicas, sociais e de gênero, em especial aquelas decorrentes da pandemia da COVID-19. A noção de Gênero é compreendida em sua constituição histórica, cultural e dos movimentos das relações sociais. Busca-se nos estudos os destaques para os impactos sociais provocados pela pandemia da Covid-19 e o desmonte das políticas públicas expressas na atualidade brasileira, que provocaram aumento das vulnerabilidades nos grupos das minorias ativas, tais como das mulheres e identidades LGBTQIA+, sobretudo ao analisar as interseccionalidades por meio dos marcadores sociais: raça, classe e identidade. Nesse viés, há que se considerar os diálogos com os estudos Decoloniais, para pensar outras formas de perceber e tensionar as relações de dominação do sistema econômico vigente e as reproduções de discursos eurocêntricos. Por fim, a proposta do GT pretende articular diferentes pressupostos teórico-metodológicos, com intuito de promover diálogo entre os trabalhos, práticas, vivências e a construção de vínculos entre pesquisadoras(es) da área das ciências humanas e sociais. 

GT 15: (RE)FORMAS QUE TRANSFORMAM: O NOVO ENSINO MÉDIO EM DIÁLOGO COM O FEMINISMO E A INTERSECCIONALIDADE. 

Coordenação: Profa. Ms. MARINA SANTOS PEREIRA -SED/MS; Prof. Ms. JOSÉ GOMES PEREIRA – SED/MS 

Resumo da proposta do GT: De acordo com bell hooks, apesar de suas limitações, a sala de aula continua sendo um local de possibilidades e transgressão (HOOKS, 2013, p. 273). Dessa forma, o presente GT tem como proposta identificar e suscitar o debate acerca das ações teóricas e práticas desenvolvidas por professoras/es no cotidiano do ambiente escolar acerca da história do feminismo e seu entendimento a partir da interseccionalidade. Como tais temáticas têm contribuído para o protagonismo e desenvolvimento integral das/os estudantes.

GT 16: TEORIA QUEER: POTÊNCIA E VULNERABILIDADE

Coordenação: Prof. Ms. Cleiton Zóia Münchow – IFMS; Prof. Dr. Alcimar Silva de Queiroz- UFGD; Prof. Dr. Fernando Firmino Messias -IFMS.

Resumo da proposta do GT: A ideia de teoria queer nos insere diretamente no âmbito do performativo, momento em que o poder se apresenta como discurso. A palavra queer comporta, performativamente, vulnerabilidade e potência. Inicialmente utilizada como um xingamento que, nas cadeias de significação, produz determinados seres como abjetos, posteriormente, num giro perspectivo, tornou-se a própria potência de uma multitude de anormais que a transformou em instrumento de luta, posição crítica diante daquilo que os vulnerabilizava, a saber, o padrão de expressão dominante. Os próprios conceitos de potência e vulnerabilidade, por seu turno, são importantes para a teoria queer, Butler, Preciado e Bourcier, são exemplos de autores que, em diferentes obras, disputam em torno desses conceitos. Neste grupo temático nos interessamos, de maneira específica, por trabalhos de teoria queer que tratem da problemática da potência e da vulnerabilidade, e, de maneira geral, por pesquisas que abordem ou trabalhem com filosofias queer ou com filosofias importantes para o seu desenvolvimento (Foucault, Deleuze, Guattari, Wittig, Hocquenghem, Perlongher). Nos interessamos tanto por trabalhos sobre conceitos filosóficos quanto por pesquisas empíricas que manejam esses conceitos em seu pensar sobre a desigualdade social, relações étnico-raciais, saúde pública, educação. 

GT 17: GÊNERO, FEMINISMOS E DECOLONIALIDADES

Coordenação: Profa. Dra. Claudia Regina Nichnig (UFGD): Profa. Dra. Anna Carolina Horstmann Amorim (UEMS)

Resumo da proposta do GT: O GT “Gênero, Feminismos e Decolonialidades” visa agrupar apresentações de pesquisadoras/es que estão inseridas/es/os nos debates propostos pelos estudos de gênero e feminismos, podendo trazer a temática das  decolonialidades e interseccionalidades, considerando os diferentes marcadores sociais das diferenças, como as questões de sexualidade, raça e etnia, religiões, gerações, deficiências, dentre outros. Os debates pretendem abarcar pesquisadoras e pesquisadores preocupados/es/as em trazer as discussões sobre as subjetividades e emoções, além de agrupar pesquisas que abordem questões urgentes como as relacionadas às violências de gênero, a luta pela democracia, às discussões sobre e com os movimentos sociais contemporâneos, à exemplo dos feminismos latino-americanos, bem como considerando a pluralidade dos feminismos, que  tragam  agendas políticas e as agências dos sujeitos, individual ou coletivamente, em busca da igualdade e do acesso à justiça. Serão também bem-vindas pesquisas que reflitam sobre as famílias no Brasil e a luta por direitos, bem como as questões sobre maternidades, filiação, parentesco e acesso às técnicas de reprodução assistidas. Neste viés, serão pertinentes os entrecruzamentos do campo dos Estudos de Gênero e Decoloniais e dos Feminismos a partir de abordagens e categorias como gênero, mulheridades, sexualidades, lesbianidades, cisgeneridades, transidentidades, etnicidades, e geração, atreladas as discussões que englobem os sujeitos plurais como os grupos lgbtqia+, feministas, mães e de mulheres negras, indígenas, lésbicas, trans, deficientes, entre outras, organizadas em coletivos ou instituições, trazendo suas principais demandas e agendas como o acesso a terra, à justiça climática, à igualdade de gênero, à igualdade racial, à saúde, ao trabalho, à educação, à justiça, articuladas através das narrativas das próprias sujeitas e sujeitos.

Regras para a submissão dos trabalhos completos para serem publicados

Os autoras/es/xs que desejam publicar  os trabalhos completos  apresentados  nos GTs do V Sigesex (formato e-book, com issn, conselho editorial, doi), devem ler a instruções a seguir:

Os trabalhos completos devem ser enviados impreterivelmente até 30 de novembro de 2023 para o e-mail evento.levs.ufms@gmail.com.

Devem ser apresentados em formato word, ter entre 8 e 10 páginas, fonte times new roman, tamanho 12, espaçamentos 1.5 e observar as demais normas da ABNT quanto às margens, citações diretas e indiretas, citações de 3 linhas, referências bibliográficas e de internet e outras normas quando necessário. 

Não usar notas de rodapé para referências bibliográficas sob nenhuma hipótese.

A publicação do trabalho está condicionada: a avaliação da Comissão Científica podendo recomendar, não recomendar ou solicitar alterações, ter sido apresentado no GT para o qual se inscreveu, conter no máximo a autoria de 4 pessoas, que devem informar a filiação institucional completa, endereço institucional completo, fonte de financiamento (se houver) e meios de contato (e-mail). Essas informações devem estar em forma de nota de rodapé na primeira página do texto.

Não serão aceitos trabalhos completos não apresentados nos GTs .

Os trabalhos que não estiverem de acordo com essas normas, não serão considerados para avaliação.

Não será cobrado qualquer valor para publicação.

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